terça-feira, 30 de novembro de 2010

Investir nas pessoas, uma questão de bom senso

Autor: Laércio Lins

Um dos principais propósitos da Administração enquanto ciência, é criar e desenvolver situações com o objetivo da conquista de resultados; utilizar recursos de maneira que a relação custo/benefício seja alcançada de forma mais equilibrada possível.  
        Temos ouvido, lido e visto as mais diversas teorias sobre aplicação de técnicas de administração e a cada dia temos mais certeza de que, apenas a retórica não é suficiente para o sucesso das empresas ou das pessoas, é preciso que estas teorias estejam fundamentadas pela prática, ou simplesmente perdem o sentido. A velha frase de que “o fim justifica os meios” está cada dia mais atual, está cada dia mais comprovado que não se pode mais buscar o resultado apenas pelo resultado, é preciso considerar os métodos e os processos pelos quais os resultados se realizaram.
         É necessário a revisão dos conceitos utilizados para estas conquistas, o resultado politicamente correto, é aquele que considerou, durante seu desenvolvimento, o meio ambiente e a satisfação das pessoas que o construíram, esse é o princípio básico da “Qualidade Total”. O produto ou serviço é concebido a partir da satisfação pessoal de cada colaborador que participa de sua produção. Esta satisfação reflete na produção, em forma de produtividade e qualidade e a seguir se transforma na satisfação do cliente.
          A comunicação e o universo de informações que circula no mundo globalizado, dia a dia tem unificado os processos nas áreas de manufatura, vendas e prestação de serviços. As margens de lucros têm sido cada dia mais estreitas. Em meio a esta competição tão acirrada, em pouco tempo será destaque e se manterá no mercado apenas as empresas que tiverem em sua missão e sua visão, entre outros propósitos, a valorização do homem, numa relação justa de direitos e deveres, tanto para empresa quanto para seus colaboradores.
          Há estatísticas realizadas por empresas de marketing, que mais de 50% da perda de clientes para a concorrência acontece por motivo de mal atendimento. O cliente almeja segurança ao adquirir um bem ou serviço e o diferencial, para que isto aconteça, se encontra nas relações interpessoais. Para encantar o cliente a empresa precisa primeiro valorizar seus funcionários, a partir daí, eles se encarregarão de construir uma imagem positiva da própria empresa e de seu produto.
          Segundo o filósofo marxista italiano Gramsci (1891-1937), “senso comum é o conhecimento e a cultura adquiridos por tradição herdados dos antepassados, aos quais, acrescentamos experiências vividas na sociedade em que vivemos. O bom senso é o núcleo, a parte boa do senso comum.”
          Devido a globalização da informação, comunicação e tecnologias, os mercados tendem a si unificarem com características cada dia mais parecidas. Se mantêm as tradições, as crenças e os valores regionais, no entanto, a consciência de Qualidade Total, procedente do Japão após a segunda guerra mundial, tem se difundido no ocidente e tornado os mercados cada dia mais exigentes. Há um “senso comum” unificando os mercados. Em um mundo onde tudo é tão igual, “bom senso” é investir nas pessoas, elas serão a diferença em um futuro que já chegou.



Informações palestras: laerciolins9@gmail.com ou laerciolins9@hotmail.com


quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Minha agenda

08.11.2010, 18hs - A Comunicação como ferramenta de Administração – FAREC Faculdade do Recife
17.11.2010, 19hs – Administração do tempo – UFPE Anfiteatro do CCSA
20.11.2010, 14 às 19hs – Curso de Extensão. Realização CPHD – Planejamento Extratégico de RH
11.12.2010 - Gestão de pessoas e Clima Organizacional - Curso de Extensão CPHD, Recife

14.12.2010 – 19:30hs - Workshop - Administração do Tempo – Hotel Imperial Suites, Boa viagem, Recife, Brasil - Ingressos R$ 20 (incluso coffe break) à venda no local com Sandrelle, Fone: 81 21220500

domingo, 21 de novembro de 2010

Qual a sua Missão?

Qual a sua missão?
Autor: Laércio Lins

É comum ouvirmos falar sobre a missão e a visão das empresas. Estamos vivendo um tempo onde a consciência sobre a importância da responsabilidade social tem sido difundida e incentivada. Diante de tantos tropeços dos governantes com relação a utilização dos recursos públicos, as pessoas têm se organizado para encontrar soluções de temas que em outras ocasiões de nossa história, eram cobrados apenas dos governos. Nossa sociedade está mais madura.

Cultura precisa de tempo para ser aperfeiçoada ou assimilada. Sinto no ar um querer social, tanto de empresas quanto de pessoas. Aquele estilo antigo de levar vantagem em tudo, do “jeitinho brasileiro”, já não soa tão bem. A sociedade em sua maioria, procura realizações através de maneira mais justa e ética.

Dias atrás estive numa empresa, que optou pela não distribuição de brindes de final de ano a seus clientes, os recursos foram dirigidos a um hospital infantil. Por motivo dessa ação, certamente o efeito de marketing da referida empresa foi positivo, houve uma divulgação entre seus colaboradores, que também foram convidados a participar da ação, o que fizeram com prazer. Isso é responsabilidade e consciência social.

Diversas empresas têm adotado em sua missão referências à responsabilidade social e à preservação do meio ambiente. Há sementes sendo plantadas em prol do bem estar comum. Muitas vezes a organização renasce do caos, um dos exemplos é a reconstrução do Japão após a segunda guerra mundial. Com disciplina, um objetivo e uma missão bem definida, o Japão saiu da condição de país dizimado, para se inserir, 60 anos depois entre as cinco maiores economias do planeta.

Atualmente é comum encontrarmos pessoas que administram suas carreiras e sua profissão como empresas, a maioria delas têm uma missão a partir de seus objetivos pessoais e sociais. O velho ditado, “você tem que vestir a camisa da empresa”, já não é suficiente, as pessoas têm se conscientizado de que precisam vestir suas próprias “camisas,” se profissionalizando e se especializando. Este conceito de desenvolvimento pessoal é benéfico tanto para as organizações quanto para as pessoas que passam a valorizar a relação custo benefício de seu trabalho. Algumas empresas têm mantido as políticas de cargos e salários, que se trata de uma ação mensurável e abolido seus planos de carreiras, por entenderem que este tipo de direcionamento e desenvolvimento deve ser individual, as pessoas devem ser livres para administrarem suas carreiras e construírem seu sucesso, para isto, é preciso amor pelo que se realiza e muita dedicação. Quando se age com amor diante de um evento ou tarefa, a razão e a emoção se transformam no mesmo sentimento, a diferença é que a emoção controlada se transforma em razão, um sentir com limites, na medida certa para o que se deseja construir, isso caracteriza o equilíbrio.

Diante de tantas mudanças de conceitos, quebra de paradigmas e inovação nas relações de trabalho, surge as empresas de um homem só, onde o trabalho passa a ser tratado como qualquer produto, não há nada mais coerente que construirmos nossas carreiras a partir de um planejamento que tenha como fundamento nossa própria missão pessoal. 


Twitter: @laerciolins
www.laerciolins.blogspot.com.br 

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

A comunicação como ferramenta de Administração

Autor Laércio Lins

A comunicação deve ser cristalina e transparente em qualquer profissão, emitir opiniões é um direito, desde que seja imparcial e não vá ao encontro de crenças e valores de terceiros. O argumentos devem ser claros, livres e impessoais. Todos nós temos direito à liberdade de expressão, no entanto, não podemos ferir conceitos de outras pessoas.

No dia 10 de novembro de 2010, veículos de comunicação noticiaram um episódio sobre um juiz de direito da cidade de Sete Lagoas – MG, que foi afastado do cargo por falar da Lei Maria da Penha de forma discriminatória e demonstrar preconceito contra as mulheres.

Não tenho intenção de tornar o caso mais polêmico de que já foi mostrado, estou citando o fato apenas para ilustração da importância dos limites no exercício de uma gestão, seja de projetos, processos ou pessoas.

No caso do Juiz, o efeito foi muito negativo, principalmente por ter surgido de alguém cuja principal função é julgar. Os líderes, comunicadores e formadores de opinião, têm compromisso com a informação a partir do ponto de vista ético. A palavra na boca de quem não sabe usar se transforma em uma arma perigosa cujos efeitos são imensuráveis.

No ambiente corporativo são muito comuns ruídos de comunicação, os mesmos  causam desde um simples desentendimento interpessoal até a destruição de um plano estratégico. A comunicação assume uma adversidade muito grande e de efeitos variáveis, é preciso perceber e escolher suas formas e os meios, de maneira que a mesma seja a base de apoio para compreensão. As palavras se manifestam nas entrelinhas, em gestos e até no silêncio, um gestor precisa desta percepção, uma palavra mal colocada ou um gesto duvidoso pode mudar o rumo e levar um projeto ao insucesso.

Lidar com palavras verbais e não verbais é uma arte. A exposição de uma ideia ou a explicação de um fato se assemelha à construção de uma parede, tijolo sobre tijolo completando o todo, níveis horizontais e verticais em pleno equilíbrio ou jamais se chegará a um bom acabamento.

O pensamento é muito mais rápido que as palavras, não é possível adiantar a velocidade das palavras para acompanhar o pensamento. A comunicação não é movida apenas pelas palavras, a interlocução  necessita de palavras, silêncio, gestos, ritmo e principalmente sensibilidade para o que é necessário ou desnecessário ser dito.

Platão nos ensinou em “O mito da caverna” que cada um vive uma verdade e um modelo mental, não por isso podemos pensar que podemos falar de qualquer maneira, os diálogos existem para permitir os argumentos e nos conduzir ao consenso.  Um profissional de elevado grau cultural ou de influência sobre organizações e sociedades não tem direito de impor seus conceitos ou crenças como verdade, no máximo tem o dever de provocar questionamentos sobre temas que acredite relevante para a conquista de objetivos organizacionais ou coletivos. A comunicação é uma ferramenta que facilite o entendimento, não uma arma que estimule o conflito.

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