sábado, 26 de dezembro de 2015

Quanto vale um sonho?


Quanto vale um sonho?
Laércio Lins

Escuto a frase: "Você pode ser o que quiser ser". Acredito assim, tanto quanto tenho convicção que um sonho não se realiza por si só.
A realização de um sonho tem preço, a vida não é um carimbo que se bate e fica pronto, a vida é escrita letra a letra, frase a frase e para que o texto tenha qualidade e conteúdo precisa ter um bom tema e um bom motivo.
Quando eu pagaria para ser um profissional de destaque? Abriria mão de finais de semana? Quantas madrugadas eu estudaria para entrar na faculdade no curso que eu sonho? Quanto de meu tempo eu estou disposto a investir em meu sonho? Abriria mão daquela festa? 
Quem acredita em um sonho não vê sacrifício em abrir mão de certos confortos. Se eu não enfrento nenhuma dificuldade e não troco nenhuma comodidade pela realização de meu sonho, esse não é meu sonho. Quem acredita na realização de um sonho enfrenta opiniões contrárias, e principalmente fica surdo, porque quem acredita não aceita outra alternativa que não seja a certeza de que vai conseguir. 
Muitas realizações se perdem por falta de um esforço a mais. Um sonho não realizado é pago com frustrações e esse é um preço muito alto.


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quarta-feira, 23 de dezembro de 2015

Atitude


sexta-feira, 18 de dezembro de 2015

A crise é de valores

Laércio Lins


“Nada do que foi será”. Sempre foi assim, as mudanças culturais e tecnologias chegam para desenvolver e mudar as maneiras de se fazer as coisas. Os aplicativos viraram ferramentas de viver, criaram dependência e agora são culturas que vieram com a era pós digital e não se pode negar suas interferências no comportamentos das pessoas nos últimos tempos.

A determinação judicial de paralisar o whatsapp durante dois dias no Brasil me acordou para algumas afirmações e perguntas. O Brasil está sendo massacrado pela corrupção a partir de pessoas e autoridades que deveriam cuidar do bem estar de nosso pais. Não estamos só sem governo, estamos também sem bom senso, há pessoas que dependem do whatsapp para trabalhar e não se pensou nestas pessoas e nos prejuízos causados a elas. Não vejo diferença entre essa ação e a ação de pessoas que protestam bloqueando vias públicas penalizando pessoas que muitas vezes nem sabe os motivos dos protestos. Independentemente disso, outra coisa que me preocupa no episódio da suspensão do aplicativo é o fato de quem solicitou a paralização ter a garantia de sigilo e a falta de clareza sobre os motivos. Pessoas são sacrificadas com uma decisão sem saber o porquê. Onde está a clareza das regras e das ações?

Ações por conveniência me incomodam. Em Recife, no bairro Imbiribeira, tem uma avenida de mão dupla chamada Arquiteto Luiz Nunes, na qual a velocidade determinada em um sentido é 40 Km/h com trechos de 30 Km/h e no sentido contrário, 50 Km/h com trechos de 40 e 30 km/h. É para confundir os motoristas? O descaso é tão grande que nossa inteligência é subestimada. A quem interessa isso? O dinheiro gerado pelas fábricas de multas não se transforma em organização do transito nem reduz os buracos existentes nas vias.

O cidadão comum não tem a quem recorrer e quando tem, a burocracia é tão grande e lenta que inibe, é preciso ter muito tempo disponível quando é preciso buscar direitos e as pessoas não dispõem desse tempo porque precisam trabalhar para pagar impostos, taxas e multas para sustentar a pesada máquina governamental que não governa.

Nossa sociedade está doente, é triste ter que admitir isso, precisa de um tratamento de choque de valores, ética e bom senso, coisas que só se consegue com educação, diga-se de passagem, a nossa também foi destruída junto com nossa saúde e nossa dignidade. Há estatuto para tudo, mas, não funcionam porque são desconectos, difusos, não fazem parte do mesmo sistema nem dos mesmos objetivos, atendem apenas interesses individuais ou de grupos. A maioria de nossos políticos, homens que fazem nossas regras e leis, não têm a menor noção de gestão, responsabilidade social, bom senso ou pensamento sistêmico, estão muito preocupados com interesses próprios. A consequência de todo esse desgoverno é uma sociedade alienada que, por ter perdido a esperança, agora se contenta com pão e circo enquanto faz piadas sobre políticos e acredita que com isso está contribuindo para uma sociedade melhor.                 

No dia em que nós brasileiros entendermos a diferença entre liberdade e libertinagem, teremos compreendido também o que é liberdade de expressão e vamos saber lidar com nossos direitos e deveres. Feliz o país cujos líderes merecem a admiração de seu povo, nós não temos esse privilégio e não dá mais para esperar eternamente em berço esplêndido. Já passou da hora de cada um de nós abraçarmos nossa cota de responsabilidade na reconstrução dos valores de nossas cidades, de nossos estados e de nosso país, ensinando a nossas crianças com exemplo a não levar vantagem em tudo. Enquanto isso não acontecer, o máximo que teremos serão dúvidas e perdas sem explicações.


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sexta-feira, 13 de novembro de 2015

Quer um abraço?

Laércio Lins

Eu ouvi essa pergunta ser feita por um gerente de manutenção para um mecânico. A seguir o gerente me falou: Ele quer um abraço, se referindo ao mecânico.

O diferencial do comportamento do gestor nesta cena está na situação, aconteceu em um momento de pressão. O mecânico chegou assustado com um problema em uma máquina que comprometeria a produção de um lote cujo prazo de entrega já estava atrasado. Com o gesto e a pergunta inesperada, o gerente pegou para si a responsabilidade do momento, quebrou a tensão e aliviou a pressão sobre o mecânico atordoado. A seguir, o gerente convidou o mecânico para verificarem juntos, o defeito da máquina, onde constataram que havia interferências na estrutura elétrica do equipamento, que logo após, foram resolvidas por um eletricista da equipe.

Pedidos de ajuda diante de problemas e situações rotineiras acontecem todos os dias em fábricas, escritórios, hospitais e nos mais diversos ambientes de trabalho. Além de cobrar resultados, é também função dos gestores, promover condições ambientais, materiais e um bom clima relacional nos departamentos e nas empresas. A demonstração de parceria e disponibilidade em ajudar a partir do gestor é positiva, proporciona um ambiente leve e de confiança, o que estimula a criatividade e a motivação dos componentes da equipe, ajudando-os a desempenhar melhor seus papéis.

Em minhas atuações como consultor organizacional tenho convivido com gestores de perfis diversos e a cada dia me convenço que o modelo ideal de gestão é aquele que considera a situação sistêmica operacional e estratégica da empresa, que respeita as características, os limites e potencializar os pontos fortes das pessoas.

Gestores autoritários têm perdido espaço e tendem a desaparecer das relações de trabalho. As relações humanas e os códigos de ética e de conduta das organizações têm definido as escalas de direitos e deveres e colocado os componentes das equipes em condição de parceria, onde as pessoas se complementam independentemente da posição hierárquica.

Os gestores contemporâneos são facilitadores dos fluxos organizacionais, assim como agiu o gerente de manutenção com o mecânico, gerenciam processos e criam condições favoráveis à realização das tarefas. A gestão sustentável, abraça, escuta, pratica o bom senso, mantém claras as responsabilidades, equilibra as situações de conflito, mantém a disciplina, otimiza os recursos materiais, financeiros, humanos e conduz a equipe centrada nos objetivos e nos resultados.

domingo, 27 de setembro de 2015

O peso da atitude

Laércio Lins.


Atitude. Tenho pensado na força desta palavra. Atitude é a ação realizada no momento seguinte a um "clic" que sentimos e que nos diz que o impossível não existe. É uma quebra de direção e sentido na trajetória dos vetores de nossos momentos mais diversos.

Muitas vezes nos viciamos a uma rotina e ficamos cegos às oportunidades e possibilidades em nossa volta. Nessas horas precisamos "chutar o balde", buscar o impulso no fundo do rio para subir em busca de ar.

Há uma frase do escritor grego Nikos Kazantzakis que me faz lembrar o efeito prático da atitude: "Você tem seu pincel e suas tintas, pinte o paraíso e entre nele". Esta é uma questão de escolha, as tintas sugeridas para pintar o paraíso, também poderiam ser utilizadas para pintar o inferno.

A atitude anda muito próximo da quebra de paradigma, é uma ferramenta ativa nas pessoas que vivem a construir o momento seguinte, que muitas vezes, por falta do recurso adequado utilizam o recurso disponível e mesmo assim realizam. Observamos claramente a importância da atitude nos esportes. Muitas vezes ouvimos falar e temos a oportunidade de testemunhar o resultado de um jogo de futebol ser definido em um "detalhe". A atitude de um jogador pode mudar o resultado do jogo em uma fração de segundos, estes são chamados de "craques".

No universo dos negócios e da administração não é diferente, muitas vezes um argumento ou uma ação inesperada aponta uma solução surpreendente. As equipes ou times esperam atitudes de seus líderes e gerentes, mesmo que inconscientemente. A capacidade de resposta em momentos adversos faz a diferença entre Líderes e líderes.

Muitas vezes não há tempo suficiente para se discutir sobre uma decisão. O consenso, a participação da equipe nas decisões é importante, no entanto, é preciso alguém que mostre os quatro pontos cardeais, não apenas o norte. Assim como os vagões precisam da locomotiva para chegar ao destino.

A caminhada é árdua, tanto quanto deliciosa, tanto quanto doce é adormecer depois do cansaço. Pintamos nosso mundo com as cores de nossos anseios, pintamos nossa vida com as tintas de nossas metas, de nossos medos, de nossas paixões e de nossos sonhos. Muitas vezes precisamos mudar as cores, trocar o tom e adotar novas atitudes. As possibilidades e oportunidades são infinitas como as cores do espectro, como o conjunto dos números, como os arranjos formados pelas notas musicais numa melodia.

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quinta-feira, 27 de agosto de 2015

O estímulo e a motivação

(*) Laércio Lins

Quando falamos de desempenho profissional, lembramos de uma lista de qualificações pré-definidas: criatividade, agilidade, flexibilidade, competência, eficiência, eficácia, assertividade, proatividade e muitas outras. Vale lembrar que todas estas características só se consumam se estiverem emolduradas pela motivação, se não há motivo, a disposição destas características serve apenas como ferramenta para realizar o que é óbvio e previsível, o que é um grande desperdício.

O sucesso na realização de um evento, projeto ou tarefa, tem influência direta do perfil de quem executa. Se a execução é movida apenas por obrigação e através de ações mecânicas, o resultado é medíocre. Se o evento é realizado com capacidade técnica e prazer, as possibilidades e alternativas são ampliadas e surpreendentes.

Dias atrás eu ouvi a entrevista de uma atleta que vibrava com emoção pela conquista de uma medalha. Ela dizia: “Isso é tudo, não tenho explicação, sinto uma força, uma alegria que vem de dentro como se eu fosse explodir”. Parei para pensar no sentido daquela frase tão cheia de emoção e comparei com o sentimento de pessoas ao executar uma tarefa. Não consegui lembrar de muitas pessoas que realizam seu trabalho de maneira tão apaixonada.

Escuto muitos gestores falarem em promover isso ou aquilo para “motivar” suas equipes. Na verdade, o que eles estão tentando é estimular suas equipes para que elas realizem, vendam, comprem, produzam e transformem. Motivação é outra coisa, vem de dentro pra fora, “como se fosse explodir”. O estímulo ajuda momentaneamente, no entanto, não mantém. A motivação é auto sustentável, tem como combustível uma meta o interesse de uma equipe, ou mesmo um motivo ou satisfação pessoal.

O homem contemporâneo está exposto a influências da moda, de marcas, do marketing e de um universo infinito de informações. A quantidade de estímulos é imensurável, o que torna difícil as decisões e as escolhas. Só os indivíduos motivados se mantêm firmes, determinados e fiéis a seus objetivos, projetos e realizações dos sonhos.

Diante de suas equipes, os gerentes precisam atentar às características dos componentes, a observação e percepção são imprescindíveis para definir os papéis de cada um do grupo. Não há pessoas mais ou menos importantes, é uma questão de característica e de perfil, uns precisam de estímulo, outros são naturalmente motivados, estes, normalmente têm mais iniciativa, são inquietos e estão sempre buscando novas maneiras para realizar.

Em linhas gerais, Voltando ao comentário da atleta cuja força parecia “vir de dentro”, não há uma explicação lógica a não ser a realização pessoal de seu objetivo e a satisfação trazida pela vitória. A alegria de realizar algo muito almejado e desejado traz a sensação de que vamos explodir.  

Quando em sua citação: "Dê-me uma alavanca e moverei o mundo", o filósofo e matemático Arquimedes (287 a. C. -  212 a. C.), se referia à alavanca como um multiplicador da força. Gosto de pensar que ele se referia à alavanca como motivação, o motivo que que move o homem em direção à realização de uma meta - “Moverei o mundo”. O filósofo grego Sócrates (469 a.C. – 399 a.C.), após muitos estudos filosóficos, citações e pensamentos, imortalizou a frase: “Só sei que nada sei”, talvez este pensamento o tenha mantido motivado a pensar e a estudar sempre mais em busca de conhecimento e de sabedoria.        

O estímulo nos aciona, a motivação nos coloca inteiros em direção a um objetivo e o resultado mais provável é o sucesso e a conquista. O homem estimulado adquire confiança e realiza o que é possível. O homem motivado transforma em realidade um sonho que parece impossível.


(*) Laércio Lins é Palestrante e Consultor organizacional.
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segunda-feira, 3 de agosto de 2015

Piu-Piu e Frajola. Uma relação de Custo/beneficio.

Laércio Lins (*)

É comum que aconteça desentendimentos nas relações interpessoais. Há uma tendência natural de defesa de pontos de vista e isto é importante para o amadurecimento de uma ideia ou de um projeto. Nossas ações, atitudes e decisões têm influência de nossos modelos. Nossas crenças e nossas verdades às vezes se chocam com as visões de nossos sócios, parceiros ou amigos.
                                                            
Para lidar com diferenças é preciso disponibilidade para ouvir e consciência de que as possibilidades e as maneiras de ver são infinitas. Não existe verdade absoluta e este pensamento deve estimular o exercício da flexibilidade para que seja preservada a individualidade. Ficar preso a padrões engessados é abrir uma porta para o insucesso de uma equipe ou negócio, pressuposições e preconceitos são os maiores inimigos do entendimento.

As diferenças naturais entre parceiros podem e devem ser motivos de oportunidades, não de ameaças. O maior aliado de uma sociedade que almeja sucesso é a capacidade de manter, como referência, os objetivos comuns de seus componentes considerando suas características naturas e suas habilidades. O respeito à natureza e aos limites individuais fortalece as relações em todos os planos de relacionamento.

No desenho animado a natureza do Piu-Piu é fugir do Frajola. A natureza do Frajola é perseguir o Piu-Piu. A certeza de que Piu-Piu não será apanhado e que o Frajola continuará sua perseguição mantém viva a essência da dupla numa relação de custo e benefício, um alimenta a natureza do outro e isso estimula a audiência. O mesmo acontece com o desenho animado Tom e Jerry, eles se complementam com suas atividades e isso mantém o sucesso da dupla há décadas.     

O universo de uma parceria, sociedade, negócio ou organização se respalda na criatividade, flexibilidade, determinação, disciplina e principalmente no respeito e na clareza dos papéis de cada componente da equipe. Piu-Piu se completa em Frajola, Tom se completa em Jerry. Quando os perfis e os papéis dos atores de um negócios ou de uma relação pessoal são bem definidos, facilita-se a identificação das responsabilidades, direitos, deveres e equilibra-se o clima organizacional ou relacional, o que orienta para a minimização de conflitos e otimização dos resultados. Isso é muito comum nas relações de sucesso.


(*) Laércio Lins é palestrante e consultor organizacional
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Mudança


domingo, 26 de julho de 2015

Navegar ou Naufragar

Laércio Lins (*)


Ainda vai levar um tempo para as ferramentas virtuais disponibilizadas na internet serem UTILIZADAS e não apenas usadas. “Navegar” deveria ser para algum lugar, com um objetivo. Tenho ouvido pessoas falarem que estão sem tempo para isso ou aquilo e ao mesmo tempo gastam horas a fio nas redes sociais com a sensação de que estão fazendo network, em muitas situações o uso da internet tem sido equivocado e contraditório.

Há pouco tempo, a internet nos trouxe recursos e agilidades até então inimagináveis. Houve transformações em todos os lugares e segmentos do planeta, as distâncias foram encurtadas pelas informações em tempo real e isso deveria ter ampliado a disponibilidade do tempo das pessoas. Na realidade não é isso o que vemos, é mais comum encontrarmos pessoas correndo desesperadas para conseguir realizar o dia a dia.   

Entre outros temas de administração tenho visto um interesse muito grande sobre a gestão do tempo e tenho observado que um dos maiores causadores da falta de tempo é a falta de objetivo, ainda não é comum encontrar pessoas com um projeto de vida ou com um plano pessoal definido. Sem foco e sem metas as pessoas se frustram. O universo virtual e o real se completam, não há diferença entre entrar em uma biblioteca ou na internet para pesquisar. Se não houver objetivo a sensação de desperdício de tempo é a mesma, quem aproveita os recursos da internet, seja por motivos profissionais ou de laser, navega. Quem passeia de site em site sem objetivo, perde tempo e naufraga.  

O desenvolvimento da tecnologia e os efeitos causados pela utilização da internet não devem ser tratados isoladamente, tudo faz parte de um contexto único, cujo motivo é a otimização de recursos econômicos, humanos e sociais. As ferramentas de internet são apenas alguns das inúmeras interferências, que podem facilitar ou expor objetivos à ações desfocadas. Atualmente a cultura é diferente da cultura de vinte ou trinta anos atrás, tudo é relacionado com velocidade e agilidade, isso tem interferido na linguagem, na comunicação, no comportamento e nas relações das pessoas e das empresas.

Não adianta insistir em velhos chavões sem questionar se cabem no novo momento da humanidade. “Cultura leva tempo para ser mudada.” Será que ainda é assim? Quase tudo de que dispomos hoje para viver foram concebidos, desenvolvidos ou difundidos a partir de 1900, televisão, avião, plástico, alimentos enlatados, conservantes, energia elétrica, computadores e outro materiais e produtos. Junto com estas novidades surgiram novas doenças, novos remédios e novos comportamentos. Houve mais mudanças culturais nos últimos cem anos que em toda história da humanidade. Gestão do tempo, processos organizacionais, qualidade total, respeito às divergências e diferenças sociais e de gêneros, sustentabilidade ambiental, direitos e deveres nas relações de consumo e de trabalho são alguns dos temas que têm reeditado novos conceitos em um universo multidisciplinar. Já somos sete bilhões e meio de habitantes no planeta, em 1900 a população mundial era de um Bilhão, seiscentos e cinquenta milhões de habitantes (Dados da ONU). Esses números nos mostram um crescimento populacional de mais de quatro vezes em pouco mais de um século, o que significa que a cada dia precisaremos, devido a escassez de recursos, aprender a compartilhar e que temos urgência em aprender a lidar racionalmente com a agilidade e os recursos do universo virtual.


É preciso perceber que a ciência, a arte e a filosofia estão se aproximando e dando forma a um mundo multidisciplinar, onde o real, o virtual, a razão e a emoção são partes do mesmo cenário. O tempo e as ferramentas estão disponíveis, a tecnologia e a internet são aliadas de quem sabe o que quer e onde quer chegar, assim como, são  inimigas  de quem  não  tem destino planejado. O diferencial não está na quantidade das tecnologias disponíveis, está na forma como são aplicadas e isso depende das pessoas.


(*)Laércio Lins é palestrante e consultor organizacional
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Respeite os direitos autorais. 

segunda-feira, 20 de julho de 2015

Palestras de Laércio Lins



Decida. Tome uma atitude.

Por: Laércio Lins.


“Em caso de dúvida, decida, o máximo que pode acontecer é errar e ter que corrigir”. Quando eu era criança, ouvi meu pai dizer esta frase, ele não era um homem de cultura acadêmica, no entanto, detinha o conhecimento adquirido pela experiência de vida de alguém que aprendeu a observar para se orientar. 

A indecisão se manifesta nas cenas mais simples do dia e também em momentos importantes podendo desperdiçar oportunidades. Temos uma tendência a esperar que as coisas aconteçam de acordo com nossos modelos mentais e muitas vezes esquecemos as possibilidades e alternativas, este comportamento resulta em perda de energia e de tempo.

As dúvidas e as indecisões acontecem por insegurança diante de qualquer escolha, aparecem em momentos e situações que muitas vezes passam despercebidas, na fila do cinema pra escolher que filme assistir ou na mesa do restaurante diante da variedade do cardápio. Muitas mulheres encontram dúvida na hora de escolher uma roupa para ir a uma festa, se a roupa combina com o sapato, com a bolsa ou com a maquiagem.

Dúvidas se alimentam da quantidade de variáveis que surgem, vivemos procurando soluções complexas, quando deveríamos procurar soluções simples. Para muitas pessoas é muito difícil decidir, isso por que, na maioria das vezes escolhem uma linha complexo de raciocínio onde são valorizados os obstáculos. Isso acontece também com a comunicação, há pessoas que acham que falar bem é falar complicado e que isso é sinal de cultura e conhecimento, isso acaba gerando um efeito contrário, quanto mais complicado é a forma como alguém se expressa, menos se faz entender. Os maiores comunicadores e os maiores líderes são aqueles que se fazem entender para todos os níveis culturais ou sociais. Líderes e comunicadores também trazem na bagagem, a simplicidade e eficácia da expressão como uma das características mais fortes. Há horas que é necessário decidir sem tempo para consultar, para decidir é preciso simplicidade e praticidade para ir ao ponto que realmente importa.

Um pintor começa o quadro pelas cores básicas, um físico começa o desenvolvimento de uma teoria complexa utilizando conceitos simples da natureza, harmonias complexas produzidas por gênios da música nascem do agrupamento de notas básicas. A decisão é assim também, é um exercício que tem como base a escolha a partir de deduções simples. Para decidir é preciso aprender a escolher e para escolher é preciso reduzir o número de variáveis, focar no objetivo, considerar a relação custo/benefício e simplificar. Dessa forma a decisão surge naturalmente. Quem sabe decidir atrai seguidores, esta é outra característica importante dos líderes, atraem seguidores para o caminho que leva a realização de objetivos.

Muitas vezes nos deparamos com pessoas que nos dá a impressão que precisariam de duas ou três vidas para realizar algo, essas pessoas normalmente têm hábito de começar frases com “Não sei se faça isso ou aquilo”, “acho que”, “Eu queria”, “Se eu pudesse”. Pessoas com esse perfil passam imagem, às vezes irreal, de que vivem em estado de dúvida e de indecisão, que não querem assumir responsabilidades e isso pode ser negativo na vida profissional e pessoal. Diante de uma oportunidade de promoção nas empresas, são escolhidas as pessoas que se comunicam com mais facilidade e que se apresentam mais ativos e disponíveis durante situações diversas, que agem com simplicidade e objetividade. A ação dá sentido ao discurso.

Dúvida e insegurança na mesma cena é matéria prima suficiente para se produzir coisa nenhuma e chegar a lugar nenhum. Não podemos negar que vivemos em um mundo competitivo e que a todo instante surge novidades e variáveis para nos desviar a atenção. Simplifique, decida, tome uma atitude.

Dias atrás uma aluna me procurou e me pediu que a ajudasse em uma decisão. Ela havia concluído o primeiro semestre do curso de Administração de Empresas e estava em dúvida se deveria continuar ou mudar para o curso de comunicação. O motivo da urgência para decidir era o fato de está no início do curso e aproveitar duas disciplinas que acabara de cursar, o que reduziria a “perda”. Lembrei a ela que em nossa primeira aula da disciplina de administração de relacionamento com o cliente, pedi para os alunos se apresentarem dizendo o motivo que os tinha levado a escolher cursar Administração de Empresas e que ela havia falado que tinha um sonho de abrir uma loja de vestuário feminino e queria aprender a administrar um negócio, já que tinha uma habilidade natural para vender. O que me fez lembrar deste relato foi que, na ocasião ela falou “Eu sou capaz de vender qualquer coisa, gosto de vender”. Perguntei o que havia acontecido com o sonho da loja. Ela fez uma pausa e respondeu que não mudaria de curso, o sonho da loja ainda existia. Falei para ela que a dúvida sobre a mudança de curso poderia ser pela necessidade da boa comunicação, por ser esta uma das ferramentas mais importantes em vendas e que ela deveria continuar pensando sobre isso.

Decisões escolhas e dúvidas são componentes naturais do universo humano, em qualquer profissão e na vida pessoal sempre estarão presentes. É importante que não se perca o foco e que os objetivos sejam sempre claros e revistos com base em um plano simples, mas, que considere as principais variáveis, suas causas e seus impactos nos negócios ou na vida.


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domingo, 12 de julho de 2015

Diferente sim, divergente não.

Laércio Lins

Escutamos chavões do tipo: “Fazer a diferença”, como se isto fosse uma coisa sobrenatural, como se para ter sucesso em determinada atividade fosse necessário andar equilibrado em um arame, numa bicicleta de uma só roda ou com um bastão no queixo equilibrando um prato girando. Se pararmos para pensar, veremos que para “fazer a diferença” cada um de nós só precisa ser quem é, todos nós somos únicos.

A autenticidade nas atitudes é uma grande qualidade, é uma característica importante em quaisquer situações. Sabemos como é agradável lidar com pessoas cujo bom senso é uma característica natural. Nas empresas, assim como no plano pessoal, indivíduos que utilizam regras claras e simples são a própria diferença, proporcionam um clima de confiança e possibilidades nas relações interpessoais e de negócios. Pessoas com características assim, permitem maior fluidez de ideias e ações, o que abre caminhos para resultados positivos.

Quando tratamos do comportamento de equipes, podemos comparar um grupo de trabalho com um time de futebol. Em um time de futebol os jogadores têm características diferentes, cada posição tem suas particularidades de atuação e importância. O que faz um time vencedor é a harmonia entre os diferentes talentos e habilidades dos jogadores. Não necessariamente um time ou equipe depende só de craques para ser vencedor, se assim o fosse, os times que têm melhor poder econômico e em seus elencos os melhores jogadores seriam sempre campeões. Em uma equipe, assim como em um time, é de grande importância o posicionamento de cada componente para que suas habilidades tenham o melhor aproveitamento. Vamos imaginar Pelé, Ronaldo ou Neymar posicionados na defesa de um time ou mesmo como goleiros, seria um desperdício. Para que uma equipe ou time tenha sucesso, é indispensável que seus componentes estejam estrategicamente posicionados de acordo com seus talentos mais evidentes, empenhados e que se completem, contribuindo assim, com suas melhores aptidões em direção ao objetivo.

“Fazer diferença” consiste em ser autêntico, comprometido e conscientes das melhores áreas de atuação e aptidões, é estar em sintonia e convergência com os próprios conceitos e com os conceitos da organização. No trabalho em equipe não há espaço para individualismo ou vaidade, se cada um contribuir com sua melhor característica, de maneira positiva e otimista, os resultados e as conquistas do grupo surgirão naturalmente. Esse conceito serve também para o plano pessoal, ser diferente é ser intenso, permanecer inteiro diante de um projeto ou situação, ser diferente é não perder o foco. Muitas pessoas detém excelentes ideias e nenhuma capacidade de realização, perdem o foco com facilidade.

Exercer diferenças com autenticidade e atitudes atrai seguidores, em um sistema organizacional cada um tem um papel em direção ao mesmo objetivo. Diferença não é sinônimo de divergência ou contrário. A convergência entre os membros de uma equipe ou time leva às metas e objetivos. Assim como a terceira lei de Newton na física, uma questão de ação e reação, se o esforço for orientado e dirigido corretamente, o resultado positivo, no final, certamente virá.


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Gestão do tempo


sábado, 11 de julho de 2015

Pés para os caminhos, asas para os horizontes

Laércio Lins

Gosto de quem solta a poesia amordaçada e se encanta nas entrelinhas dos versos. A poesia precisa de liberdade para dar asas ao sonho. Gosto de pés, não importa a direção que apontam, eles sempre apontam caminhos em direção à chegada. Os passos enfrentam a solidão da estrada, os pés não “olham” para trás, se encantam com a novidade dos próximos passos. A estrada já trilhada deve trazer apenas as boas lembranças enquanto os pés nos levam a momentos melhores, a outros traços e desenhos que traduzam sentimentos claros, sentimentos de sol ou de lua.

Pés, passos e caminhos compondo um verso novo, que revele outros sonhos para serem sonhados, por que sem sonho nada existe, o sonho despe a alma para ser vestida com realidade. A cadência das pulsações do coração revela o ritmo da poesia que é a vida de cada um de nós, as batidas no peito se alteram com o sorriso e com os passos em direção ao abraço, passos da vida que há em todas as trilhas, alma dos pés que pisam com firmeza e motivo, direção de quem sabe aonde vai.

O sol e a brisa no rosto de quem, quando cansa, senta, descansa, levanta e continua. O olhar de quem não desiste, de quem insiste, persiste e segue os pés que apontam para o horizonte cheio de amanhecer, cheio de futuro e descobertas, cheio de esperança.
Pés para todos os passos, passos para todos os caminhos em direção a todos os encontros e encantos. Poesias para todos os sentimentos, para todas as palavras, ou mesmo, para todo silêncio.

Portas e caminhos que acordam cedo a amanhecer e recomeçar. Voos para todos os pássaros, asas para todos os ventos. Um brinde para quem degusta a vida como se fosse vinho, por que apesar do fogo que queima, a Fênix renasce no ninho.

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segunda-feira, 22 de junho de 2015

Gestão do tempo

Laércio Lins

Há pessoas que sonham em ser donos do próprio tempo para fazer o que quiser, essa é uma das maiores perdas de tempo, a realização está em utilizar o tempo para fazer o que é preciso sem deixar para depois.

A sensação de estar sempre atrasado tem levado muitas pessoas a enfartar, é contraditório correr maratonas inteiras de longa distância sem sair da cadeira, apenas com a cabeça e os olhos no computador enquanto o corpo sofre sedentário a respirar errado e exposto a tensões. O tempo pede equilíbrio entre as ações do corpo e da mente e cobra o ritmo com a precisão dos ponteiros do relógio.

Tanto para o trabalho, quanto para o lazer e o descanso, a utilização racional e natural do tempo é saudável. Entre outras ações, desenvolver o hábito de planejar rotinas, orienta, direciona para os objetivos e elimina a ansiedade e o stress. A valorização natural do tempo contribui para resultados positivos.

Para gerenciar o tempo, primeiro é preciso escolher o tipo de vida que se quer ter, o segundo passo é redirecionar e tratar a nova cultura e os novos hábitos com disciplina, considerar planejamentos e planos de ação. Quando as perdas de tempo são eliminadas os resultados surpreendem.

Gerenciar o tempo é considerar e respeitar os segundos, os minutos e as horas como oportunidades de negócio e de vida.

segunda-feira, 8 de junho de 2015

Laércio Lins - Palestrante


O BBB já não atende os conceitos de qualidade

O BBB já não atende os conceitos de qualidade
Laércio Lins*

Desde a declaração dos direitos do consumidor, na década de 90, o conceito de qualidade tem mudado e se aperfeiçoado. A máxima BBB “Bom, bonito e barato”, já não é suficiente para atender o grau de exigência dos consumidores dos mais diversos segmentos.
Hoje se aperfeiçoa uma consciência que valoriza mudanças muito mais profundas, a exemplo da preocupação com a proteção ao meio ambiente, respeito às diferenças ideológicas, raciais e sexuais. Essas mudanças de comportamento, tem exigido que os produtos sejam cada dia mais “verdes”, mais éticos, úteis e práticos.
O universo virtual acelerou e aumentou a capacidade de armazenamento de dados e a velocidade da informação, o que tem proporcionado o compartilhamento mais rápido do conhecimento e otimizado a utilização do tempo. As novas tecnologias têm facilitado a comunicação e em meio a tantas novidades e tantas ferramentas, os conceitos filosóficos de qualidade total são cada dia mais necessário nas relações de negócio. O grande desafio é conseguir integrar qualidade e interatividade. Com a realidade do conhecimento e da informação acessível a todos, as necessidades mudaram e o diferencial está em conseguir padronizar para ganhar produtividade sem esquecer que os consumidores esperam dos produtos muito mais que funcionalidade e preço baixo. A consciência adquirida pelos consumidores tem estimulado os mesmos a procurar valores agregados nos produtos, por exemplo, materiais, durabilidade e principalmente o compromisso do fabricante ou comerciante com o pós-vendas. Os valores agregados aos produtos são na maioria das vezes o motivo da escolha por uma ou outra marca, a facilidade de assistência técnica, serviços de instalações são também exemplos de agregação de valor que pode definir a decisão de uma compra. Clientes procuram tratamento diferenciado e respeito à individualidade.
As conquistas de novos clientes e novos mercados se apoiam em variáveis fundamentadas na humanização e personalização das relações de negócio. Produto de qualidade é aquele que em seu desenvolvimento e manufatura atende a exigências de preservação ambiental, valorização humana e necessidades do cliente por um preço justo, além de oferecer segurança, garantia e eficácia em pós-vendas.
Dias atrás, precisei acionar o seguro por ter ficado na estrada com o para-brisas de meu carro quebrado. Em pouco menos de uma hora fui atendido por um rebocador, até aí nada demais. O diferencial do atendimento ficou por conta de um refrigerante gelado e um sanduiche que me foi servido pelo motorista do rebocador como cortesia da companhia de seguros. Certamente, quando eu precisar renovar o seguro de meu carro, essa ação pesará na escolha, a seguradora me surpreendeu superando minhas expectativas.
As empresas que perceberam as mudanças de comportamento dos mercados influenciados pelas tecnologias e pelos novos perfis de consumidores, estão descobrindo que o diferencial está em satisfazer expectativas, surpreender e servir. Estes valores agregados são instrumentos poderosos de fidelização.

(*) Laércio Lins - Palestrante | Consultor industrial e organizacional | Professor universitário | Especialista em Planejamento, gestão e marketing.

Contato: laerciolins9@gmail.com.br

sábado, 4 de abril de 2015


O peso da atitude

Laércio Lins

Atitude. Tenho pensado na força desta palavra. Atitude é a ação realizada no momento seguinte a um "clic" que sentimos e que nos diz que o impossível não existe. É uma quebra de direção e sentido na trajetória dos vetores de nossos momentos mais diversos.

Muitas vezes nos viciamos a uma rotina e ficamos cegos às oportunidades e possibilidades em nossa volta. Nessas horas precisamos "chutar o balde", buscar o impulso no fundo do rio para subir em busca de ar.

Há uma frase do escritor grego Nikos Kazantzakis que me faz lembrar o efeito prático da atitude: "Você tem seu pincel e suas tintas, pinte o paraíso e entre nele". Esta é uma questão de escolha, as tintas sugeridas para pintar o paraíso, também poderiam ser utilizadas para pintar o inferno.

A atitude anda muito próximo da quebra de paradigma, é uma ferramenta ativa nas pessoas que vivem a construir o momento seguinte, que muitas vezes, por falta do recurso adequado utilizam o recurso disponível e mesmo assim realizam. Observamos claramente a importância da atitude nos esportes. Muitas vezes ouvimos falar e temos a oportunidade de testemunhar o resultado de um jogo de futebol ser definido em um "detalhe". A atitude de um jogador pode mudar o resultado do jogo em uma fração de segundos, estes são chamados de "craques".

No universo dos negócios e da administração não é diferente, muitas vezes um argumento ou uma ação inesperada aponta uma solução surpreendente. As equipes ou times esperam atitudes de seus líderes e gerentes, mesmo que inconscientemente. A capacidade de resposta em momentos adversos faz a diferença entre Líderes e líderes.

Muitas vezes não há tempo suficiente para se discutir sobre uma decisão. O consenso, a participação da equipe nas decisões é importante, no entanto, é preciso alguém que mostre os quatro pontos cardeais, não apenas o norte. Assim como os vagões precisam da locomotiva para chegar ao destino.

A caminhada é árdua, tanto quanto deliciosa, tanto quanto doce é adormecer depois do cansaço. Pintamos nosso mundo com as cores de nossos anseios, pintamos nossa vida com as tintas de nossas metas, de nossos medos, de nossas paixões e de nossos sonhos. Muitas vezes precisamos mudar as cores, trocar o tom e adotar novas atitudes. As possibilidades e oportunidades são infinitas como as cores do espectro, como o conjunto dos números, como os arranjos formados pelas notas musicais numa melodia.

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sábado, 28 de março de 2015

Síndrome de estacionamento

Laércio Lins


Há certas coisas que não gosto de comentar, mas, ultimamente ando impaciente para certas coisas.

Hoje no estacionamento de um shopping, um homem de aproximadamente 40 anos desceu do carro após estacionar numa vaga destinada a pessoas idosas. Me viu passando e falou:

- É rapidinho, volto logo.
Eu não havia falado com ele. Respondi que percebi que ele tinha um tipo de deficiência.
- Mas, não sou deficiente. Argumentou.
- É. A falta de educação é uma das maiores deficiências. Comentei.
Ele voltou ao carro e retirou.
Tive sorte. Pensei. Pessoas sem educação normalmente partem para o uso da força quando perdem o argumento.  

Dois dias atrás, no estacionamento de uma padaria. Após fazer compras, uma senhora entrou no carro e jogou pela janela, uma bola que fez com uma embalagem vazia de salgadinhos. Eu também estava saindo do estacionamento, parei, desci de meu carro, olhei para ela e apanhei o lixo. Ela falou:

- Mas..., está cheio de lixo na calçada.
- Esse será um a menos. Comentei e levei o lixo. Tive sorte novamente.

Está cada dia mais difícil estacionar. 

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