domingo, 27 de fevereiro de 2011

Perdendo o medo da escuridão

Autor: Laércio Lins



Muitas vezes, diante de uma decisão, líderes e gerentes se sentem solitários, principalmente quando se faz necessário decidir sobre pressão e sem tempo suficiente para pensar na ação ou dividir com alguém.
O medo é um sentimento natural do homem, tanto quanto a coragem, sentir mais ou menos um ou outro é uma questão de escolha e exercício.
Quando éramos criança, muitos de nós sentíamos medo da escuridão, por mais que nos fosse dito que lá havia as mesmas coisas que em um ambiente iluminado. Costumo pensar nesta situação sempre que me deparo com um cenário onde tenha que decidir sobre alguma coisa. Há certos momentos em que a ação é indispensável, não há espaço para o medo, pois, não haverá uma segunda chance. Imagine um médico indeciso diante de uma ação durante uma cirurgia, pode ser fatal.
Em certa ocasião vi um time de futebol perder dois pênaltis, numa partida de decisão de campeonato, ficou claro naquele episódio, a falta de alguém que decidisse e determinasse quem deveria executar as penalidades, faltou atitude do comandante. Entre os atletas, a emoção falou mais alto que a razão causando um desequilíbrio geral, o medo de errar predominou e não surgiu uma liderança que assumisse a responsabilidade por aquele momento. Esse é um exemplo típico de que o risco é um componente que deve ser considerado em qualquer circunstância de decisão e que os papéis de cada componente da equipe devem estar bem claros e definidos para cada situação, além de considerado as possibilidades e imprevisões.
Praticar, arriscar, errar e tentar novamente são formas eficazes para perdermos o medo da escuridão.
A luz só ilumina quem se dedica, quem pesquisa, quem pratica e quem treina com entusiasmo. É necessário assumir o quente ou o frio, não há sucesso para o morno. A arte e a ciência andam de mãos dadas para explicar a natureza à nossa disposição, temos este argumento nos mostrando que somos capazes e só precisamos acreditar que na escuridão existe os mesmos componentes da claridade, exceto a luz.
A partir do instante em que decidimos assumir com determinação e atitude, em nossa vida profissional ou pessoal, se acende uma luz que com o passar do tempo pode se transformar em refletor iluminando as ações e os caminhos de outras pessoas, esta é uma característica e o papel do líder.
Vamos imaginar um trem se preparando para partir na estação. Quem você seria neste trem? A locomotiva ou um dos vagões? Se a resposta mais confortável para seu perfil for a locomotiva, que puxa, empurra e abri caminhos, o perfil do líder está mais fluente em você. Se penso em vagão, você tem perfil mais voltado para um dos componentes da equipe, isso não quer dizer que não tenha aptidão para coordenar ou liderar um grupo, para isso é preciso se desenvolver com um pouco mais de atenção, buscando conhecimento e estimulo ao sentimento criativo, o que pode ser adquirido através do estímulo ao bom humor ou até falando bobagens, muitas vezes de bobagens surgem grandes soluções. Um exemplo é a técnica do “brain storm”, (Tempestade mental), em que as pessoas falam a primeira palavra que lhes vem à mente sobre determinado tema, para depois selecionar o que é relevante para utilizar na solução de problemas. Um bom exercício também pode ser coordenar um projeto ou um processo já formatado. No estágio seguinte, já mais seguro em conduzir procedimentos, fica mais fácil arriscar e criar.
Um líder, precisa com criatividade, conduzir a equipe ao ambiente iluminado, onde flui a comunicação que clareia os objetivos, respeitando os limites e as habilidades individuais. Só assim conquistará a confiança e o sucesso de sua equipe.

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quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Bala de morango

Autor: Laércio Lins


Ela esbarrou na colega de trabalho que surpreendida se assustou. Com um sorriso ela falou:

- Abra a mão!
- Feche os olhos!

A colega obedeceu impulsionado pela surpresa. Não é comum um gesto assim no meio do dia numa livraria, principalmente entre colegas de trabalho passando apressadas por seus afazeres. Quando a moça abriu os olhos havia em sua mão uma bala de morango, enquanto a autora do gesto se afastava da mesma forma que se aproximou continuando seu trabalho. A cena não durou mais que dez segundos e além de ter descartado a necessidade de desculpas ainda valeu um sorriso .
Lembrei das crianças em suas brincadeiras elas vivem intensamente cada momento, cada gesto e cada atitude, acho que posso chamar isso de felicidade. Poder se alegrar com pouco e saborear pequenos momentos, livre de ansiedades e incertezas que causam angustia e solidão.
Vivemos nos expondo a limites todos os dias e perdemos o sentido das coisas. O gesto me fez pensar em quantas coisas faço que poderiam ser descartadas e minha qualidade de vida e minha produtividade ainda seriam mantidas. Um momento assim não se paga, existe apenas por existir e, sei lá quantos neurônios ou hormônios foram ativados naqueles segundos de descontração. Até esqueci o que estava procurando na prateleira.
Pequenos gestos podem fazer a diferença no ambiente de trabalho elevando o moral e o clima do ambiente. Quem falou que coisas importantes deve ser sérias, sisudas, e que só acontecem se estiverem monitoradas por olhares formais e engravatados estava enganado. A realização de tarefas com alegria é sinal de bem estar no ambiente profissional, que, como uma reação em cadeia estimula a motivação e eleva produtividade, qualidade e resultados. Certa dia ouvi alguém falar que, "amigos agente escolhe, colegas de trabalho não." Até concordo com a frase, no entanto, não dá pra negar que é muito mais prazeroso fazer parte de uma equipe onde as pessoas têm afinidade e espaço para um sorriso ou uma bala de morango. Aquela cena me fez pensar também no modelo de gestão adotado por aquela empresa, pude concluir através de observações a outros colaboradores que estava diante de uma equipe feliz, era visível a vontade das pessoas em participar das ações de informação e vendas.
Um clima organizacional assim passa para o cliente que é atraído pela sensação de bem estar e leveza. O cliente percebe inconscientemente a harmonia ou desequilíbrio em um ambiente de negócios e essa energia é uma força de marketing que pode definir o sucesso ou insucesso de um negócio.


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