Muitas vezes, diante de uma decisão, líderes e gerentes se sentem solitários, principalmente quando se faz necessário decidir sobre pressão e sem tempo suficiente para pensar na ação ou dividir com alguém.
O medo é um sentimento natural do homem, tanto quanto a coragem, sentir mais ou menos um ou outro é uma questão de escolha e exercício.
Quando éramos criança, muitos de nós sentíamos medo da escuridão, por mais que nos fosse dito que lá havia as mesmas coisas que em um ambiente iluminado. Costumo pensar nesta situação sempre que me deparo com um cenário onde tenha que decidir sobre alguma coisa. Há certos momentos em que a ação é indispensável, não há espaço para o medo, pois, não haverá uma segunda chance. Imagine um médico indeciso diante de uma ação durante uma cirurgia, pode ser fatal.
Em certa ocasião vi um time de futebol perder dois pênaltis, numa partida de decisão de campeonato, ficou claro naquele episódio, a falta de alguém que decidisse e determinasse quem deveria executar as penalidades, faltou atitude do comandante. Entre os atletas, a emoção falou mais alto que a razão causando um desequilíbrio geral, o medo de errar predominou e não surgiu uma liderança que assumisse a responsabilidade por aquele momento. Esse é um exemplo típico de que o risco é um componente que deve ser considerado em qualquer circunstância de decisão e que os papéis de cada componente da equipe devem estar bem claros e definidos para cada situação, além de considerado as possibilidades e imprevisões.
Praticar, arriscar, errar e tentar novamente são formas eficazes para perdermos o medo da escuridão.
A luz só ilumina quem se dedica, quem pesquisa, quem pratica e quem treina com entusiasmo. É necessário assumir o quente ou o frio, não há sucesso para o morno. A arte e a ciência andam de mãos dadas para explicar a natureza à nossa disposição, temos este argumento nos mostrando que somos capazes e só precisamos acreditar que na escuridão existe os mesmos componentes da claridade, exceto a luz.
A partir do instante em que decidimos assumir com determinação e atitude, em nossa vida profissional ou pessoal, se acende uma luz que com o passar do tempo pode se transformar em refletor iluminando as ações e os caminhos de outras pessoas, esta é uma característica e o papel do líder.
Vamos imaginar um trem se preparando para partir na estação. Quem você seria neste trem? A locomotiva ou um dos vagões? Se a resposta mais confortável para seu perfil for a locomotiva, que puxa, empurra e abri caminhos, o perfil do líder está mais fluente em você. Se penso em vagão, você tem perfil mais voltado para um dos componentes da equipe, isso não quer dizer que não tenha aptidão para coordenar ou liderar um grupo, para isso é preciso se desenvolver com um pouco mais de atenção, buscando conhecimento e estimulo ao sentimento criativo, o que pode ser adquirido através do estímulo ao bom humor ou até falando bobagens, muitas vezes de bobagens surgem grandes soluções. Um exemplo é a técnica do “brain storm”, (Tempestade mental), em que as pessoas falam a primeira palavra que lhes vem à mente sobre determinado tema, para depois selecionar o que é relevante para utilizar na solução de problemas. Um bom exercício também pode ser coordenar um projeto ou um processo já formatado. No estágio seguinte, já mais seguro em conduzir procedimentos, fica mais fácil arriscar e criar.
Um líder, precisa com criatividade, conduzir a equipe ao ambiente iluminado, onde flui a comunicação que clareia os objetivos, respeitando os limites e as habilidades individuais. Só assim conquistará a confiança e o sucesso de sua equipe.
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Essa técnica da "tempestade mental" é bastante interessante, e ao meu ver, muito proveitosa. Costumo contar uma história verídica que ocorreu no Canadá, lá no inverno (e na maioria do tempo é inverno por lá), as torres de transmissão elétricas tinham problemas por conta do acúmulo de gelo nos fios, o que acabavam partindo-os, deixando localidades sem abastecimento por um bom tempo.Pois bem, após vários estudiosos terem se reunido e cada um encontrava uma solução mais dispendiosa e complicada possível, um deles, em visita à escola de seu filho (educação infantil), contou esse problema aos colegas da sala de seu filho, mais para atrair a atenção deles, afinal como crianças poderiam compreender assuntos tão complicados e ainda conseguirem resolver?? após contar o problema, e ter escutado várias "criancices", uma delas comentou o seguinte: "Por que não coloca um ventilador no fio para que o gelo caia?". Bingo !!! eis a solução do problema...
ResponderExcluirApós isso, cada torre virou uma plataforma e helicópteros passaram a transitar entre cada plataforma, voando sempre acima dos fios, espanando o gelo que se acumula, realizando essa operação por todo o dia.
Essa história nos dar uma idéia do poder do Brain Storm, uma idéia "bruta" que pode ser polida e transformada no sucesso de um negócio.
Uma boa semana !!!
Wandeogni Gonçalves
(Gestor de Logística)
Prezado Wandeogni, estas histórias vem enriquecer e fundamentar nosso pensamento. Fico muito feliz quando escrevo alguma coisa e recebo de volta um complemento como o teu comentário. Uma conversa leva a outra e isso amplia nosso universo de transformação. Boa semana.
ResponderExcluirUm abraço
Laércio Lins
Ok Laércio, nos encontraremos na FIR, afinal sou seu aluno de MBA em Logística Empresarial e atualmente estou cursando a disciplina Gestão de abastecimentos e compras (lembra do Exemplo do Container que a gestora queria manter um espaço para cumprir as normas internacionais da boa armazenagem??).
ResponderExcluirUm abraço,
Wandeogni
Ok!! Nos vemos lá. Quanto ao exemplo do container, foi muito bom, ilustrou muito bem o tema da aula. Um abraço
ResponderExcluirCertíssimo Laércio, e digo isso pq não superei muitos medos infantis, mas hoje tenho um ótimo relacionamento com tantos outros medos que permanecem, guardo-os comigo e os aqueço, pra poder enfrentar minhas noites de terror, falo dos medos que não pude superar. Entre os não superáveis estão o medo de voar, andar de trem, ou seja, sair de casa pra viajes longas, estas viagens provoca-me pavor. Depois que chego ao meu destino gosto de estar entre amigos, familiares, e não tenho problemas pra estar com eles, e sim, de ir ate eles, o pior é quando tinha/tenho que viajar pra outros países, é um tormento, passo dias sem dormir, imagine que eu morrei no Canadá por muitos anos, (Halifax/Nova Scotia)- ate chegar foi um sofrimento, estar lá, mesmo que enfrentando frios torturantes, tempestades de neve, de água, inimagináveis, mas era melhor que pensar em voltar ao Brasil, sofria antes, durante e depois... cheguei a amar o frio de -30 graus, pra não ter que viajar...
ResponderExcluirEm resumo, tem medos que nos ajuda a ser felizes, comigo é assim. Em todos os lugares descobria lugares, pessoas, e mantinha/mantenho bons relacionamentos, no trabalho, entre os amigos dos meus filhos, entre os vizinhos (tarefa difícil esta), mas, sempre nos damos bem, enfim, é muito bom, pois dedico-me de corpo e alma ao trabalho, a família, a tudo que venha a fazer do que eu esteja vivendo, tanto é que atravessamos todas as estações da vida e do tempo de forma gostosa e prazerosa, de certa forma o medo ajuda-me a não sofrer e não pensar nos outros (que deixei), como ausência, sofrimento ou dor.
Morei em outros países, e confesso que o tormento de voltar é sempre massacrante, atualmente estou na França, só tenho problemas qdo à data da volta começa aproximasse. Medos são realimente tempestades, tormentas, que se conseguimos administrar, passa a fazer parte do conjunto.
Enfim tudo isso pra dizer que seu texto é ótimo.
Agradeço sua ida ao meu blog. Volte sempre. No seu blog eu sempre vou voltar.
Acredito que este blog seja pedagógico... sempre entro salas erradas, era assim na época da faculdade, no final sempre eu saia ganhando...
Abraços e obrigada pela ótima leitura .
Beijo querido