quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Bala de morango

Autor: Laércio Lins


Ela esbarrou na colega de trabalho que surpreendida se assustou. Com um sorriso ela falou:

- Abra a mão!
- Feche os olhos!

A colega obedeceu impulsionado pela surpresa. Não é comum um gesto assim no meio do dia numa livraria, principalmente entre colegas de trabalho passando apressadas por seus afazeres. Quando a moça abriu os olhos havia em sua mão uma bala de morango, enquanto a autora do gesto se afastava da mesma forma que se aproximou continuando seu trabalho. A cena não durou mais que dez segundos e além de ter descartado a necessidade de desculpas ainda valeu um sorriso .
Lembrei das crianças em suas brincadeiras elas vivem intensamente cada momento, cada gesto e cada atitude, acho que posso chamar isso de felicidade. Poder se alegrar com pouco e saborear pequenos momentos, livre de ansiedades e incertezas que causam angustia e solidão.
Vivemos nos expondo a limites todos os dias e perdemos o sentido das coisas. O gesto me fez pensar em quantas coisas faço que poderiam ser descartadas e minha qualidade de vida e minha produtividade ainda seriam mantidas. Um momento assim não se paga, existe apenas por existir e, sei lá quantos neurônios ou hormônios foram ativados naqueles segundos de descontração. Até esqueci o que estava procurando na prateleira.
Pequenos gestos podem fazer a diferença no ambiente de trabalho elevando o moral e o clima do ambiente. Quem falou que coisas importantes deve ser sérias, sisudas, e que só acontecem se estiverem monitoradas por olhares formais e engravatados estava enganado. A realização de tarefas com alegria é sinal de bem estar no ambiente profissional, que, como uma reação em cadeia estimula a motivação e eleva produtividade, qualidade e resultados. Certa dia ouvi alguém falar que, "amigos agente escolhe, colegas de trabalho não." Até concordo com a frase, no entanto, não dá pra negar que é muito mais prazeroso fazer parte de uma equipe onde as pessoas têm afinidade e espaço para um sorriso ou uma bala de morango. Aquela cena me fez pensar também no modelo de gestão adotado por aquela empresa, pude concluir através de observações a outros colaboradores que estava diante de uma equipe feliz, era visível a vontade das pessoas em participar das ações de informação e vendas.
Um clima organizacional assim passa para o cliente que é atraído pela sensação de bem estar e leveza. O cliente percebe inconscientemente a harmonia ou desequilíbrio em um ambiente de negócios e essa energia é uma força de marketing que pode definir o sucesso ou insucesso de um negócio.


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