segunda-feira, 26 de março de 2012

Descentralizar para crescer

Autor Laércio Lins

          Às vezes nos pegamos cobrando dos outros nossos conceitos de certo e errado, esta atitude limita as possibilidades de criação. O líder de uma equipe consegue agregar valor ao grupo quando passa a confiar na capacidade criativa das pessoas.
          Delegar exige coragem e auto-confiança, é surpreendente observarmos a fluência de uma realização em equipe, a partir de idéias e atitudes individuais trazidas para o objetivo comum do grupo. A liberdade de expressão, além de elevar a auto-estima, proporciona melhor desempenho e produtividade. As pessoas se sentem felizes quando descobrem que são capazes. Uma das formas de construção de uma equipe feliz é conduzir seus componentes a esta certeza.
         Tenho visto em muitas empresas situações que costumo chamar de efeito Torre de Babel. Ninguém se entende, ninguém sabe o que, quando, onde ou para quê. A vida nestes ambientes se transforma em uma eterna interrogação, as pessoas se irritam com facilidade e desistem simplesmente por não saber para onde estão indo. Sem direção e sentido, trava tudo, muito trabalho e pouco resultado.
          A comunicação é um dos principais requisitos para o bom desempenho de uma equipe, a mesma, depende do perfil de quem dirige para que flua sem obstrução. O gerente centralizador retém conhecimento e apenas libera informações fracionadas para os membros do grupo, ou seja, dados. Estes dados desencontrados causam desequilíbrio e insegurança no meio; causa sensação de impotência, sensação de esforço não compatível com os objetivos. A tendência destes modelos de gestão é desenvolver ambientes hostis, onde o principal objetivo passa a ser a procura de culpados para tudo. 

          Em outro plano, o líder descentralizador, distribui informações de forma constante, linear e completa; dirige, coordena, checa se as informações atingiram o destino e valoriza a capacidade criativa individual. Com esta postura do gestor, os componentes do grupo interagem e se completam em torno do objetivo. Em um cenário assim não há espaço para "culpados", e sim, para pessoas pró-ativas e assertivas, cenário este, onde o sucesso é uma conquista natural.
          Controlar é diferente de centralizar. O controle é necessário para monitorar o desenvolvimento do planejamento e as relações de causa e efeito durante o percurso em busca de metas e resultados. A centralização é nociva, normalmente se respalda em uma montanha de normas criadas pelo próprio gestor, limita a expansão da criatividade e desenvolve uma equipe sem opinião e voz que expresse as idéias.
          O poder é um exercício que só se estabelece a partir do consenso. O gestor conquista a equipe através de ações técnicas, criando cenário e alternativas para a solução dos problemas, para isto é preciso que tenha conhecimento, domínio e liderança sobre a área em que atua; e através da abertura para um conjunto de regras claras e transparentes, que o conduz também a uma relação de confiança diante da equipe.
          A liberdade de criação, opinião e sugestão, transformam indivíduos em multiplicadores e propagadores do conhecimento. Se o grupo sente a segurança de que está sendo conduzido pelo caminho mais racional, as soluções passam a ser uma rotina e surgem espaços naturais para novas idéias, que levarão equipe a outros níveis e a outras conquistas.



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Palestras e workshops com Laércio Lins em eventos organizacionais. 
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