sexta-feira, 6 de abril de 2012

A porta principal se chama Bom Senso

Autor: Laércio Lins

As organizações querem em suas equipes pessoas disponíveis, que se envolvam com os objetivos e se coloquem como parte da solução. Já ouvi muito algumas pessoas falarem que não se deve misturar vida pessoal com vida profissional, frases do tipo “os problemas pessoais não devem ser levados para o ambiente de trabalho.” Isso é uma contradição, o mesmo que dizer: Seja duas pessoas, uma em cada circunstância e ao mesmo tempo uma só pessoa, verdadeira, de comportamento sóbrio e previsível.

As organizações buscam resultados, pessoas que contribuam para o crescimento de seu patrimônio, procuram entre seus colaboradores pessoas que sejam parte da solução e não do problema. Dificuldades e problemas de ordem pessoal, todos nos temos e teremos, o diferencial está em como lidamos com eles. Para isso, não é preciso ser dois.

Tenho observado o comportamento de pessoas, equipes, organizações e encontrado motivos que determinam o fracasso ou o sucesso, tanto pessoal quanto profissional.
Há profissionais que têm sempre uma desculpa por não ter feito ou atingido o objetivo. Eles estão sempre com razão. Politicamente e legalmente realizam tudo certo, mas, não produzem resultados. Para justificar o insucesso, encontram sempre um motivo, alguém que não colaborou ou um recurso que faltou. Estes profissionais transformam qualquer departamento ou empresa em uma fábrica de desculpa onde tudo está dentro das normas e nada acontece. Não arriscam nada, estão sempre acomodados numa zona de conforto, não aceitam e não sabem lidar com imprevistos. Este tipo de profissional muitas vezes não lembram ou não sabem  qual o objetivo principal da empresa, esquecem que na outra ponta da cadeia produtiva existe o cliente esperando pelo produto ou serviço que comprou e que as desculpas não atendem suas expectativas.

Pessoas que alavancam uma empresa e também a vida pessoal são aquelas que estão abertas  às oportunidades e dispostos a se reinventarem diante de imprevisibilidade atender as necessidades, pessoas que não fazem da máxima: “Eu fiz a minha parte” uma regra de vida. Fazer “a parte” que lhe é atribuída não leva a nada se “o todo” não for realizado. Os profissionais de sucesso são disponíveis e estão sempre prontos para ser um elo na corrente, o que é muito diferente de ser um elo, fazendo seu papel de elo, sem compromisso com a corrente por que o fato de ser elo já lhe é suficiente.
Profissionais de sucesso assumem papéis que não são o seu, por perceber a necessidade em um projeto, estão abertos para contornar situações e quando reclamam, apontam sugestões e se colocam a disposição para participar das ações.

O sucesso traz na bagagem o discurso positivo, otimista, sintonizado com a prática. A derrota traz a energia da reclamação respaldada em normas e convenções que fundamentam, mas, não realizam.
Quando falo de sucesso me refiro a equilíbrio e crescimento organizacional, profissional e pessoal e isso tem tudo haver com realizar. O discurso sem a prática não realiza. Apenas justifica.

Maneira de ver, postura e comportamento são determinantes no universo corporativo. As organizações objetivam resultados e resultados são construídos a partir de criatividade, flexibilidade e disponibilidade.
Enquanto muitos estão tristes porque chegou a segunda-feira ou felizes demais por ser sexta-feira, alguns poucos estão preocupados em praticar o bom senso e de fazer o que é necessário no tempo que for preciso porque sabem que é isso que faz a diferença e abre portas para as oportunidades.

“Eu gosto do impossível por que lá a concorrência é menor” Esta frase de Walt Disney conceitua muito bem a diferença de atitude entre um perfil de sucesso e um perfil de fracasso. Não há sucesso sem sacrifício, sem esforço e sem dedicação.

Não há regras prontas que leva à realização pessoal ou profissional, a vida não é regida por uma fórmula matemática. Possibilidades surgem a todo instante como em um jogo de xadrez. O bom senso é uma porta que hora abre e hora fecha orientando alternativas e decisões. As organizações esperam de seus colaboradores bom senso e resultado. Bons profissionais esperam das organizações bom senso, resultado e recompensa. Alguns profissionais, por carências de bom senso se preocupam apenas com a recompensa e se perdem sem ao menos saber o motivo.

2 comentários:

  1. Bom dia!
    Concordo plenamente com seu texto.Um exemplo disso é na minha área.Tem muita gente que nunca fez faculdade para ser professor e hoje por falta estão em sala de aula.Infelizmente está assim e a educação está indo pelo ralo.
    Grande abraço
    se cuida

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    1. Isso o bom senso traz o equilíbrio, há muitas coisas descompensadas. Identificar e manter os pontos de equilibro é requisito básico para uma boa gestão. Parabéns por seu blog também. Um abraço

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