Ciência, filosofia, arte e espiritualidade. Equilíbrio organizacional e Gestão através do pensamento multidisciplinar.
segunda-feira, 31 de agosto de 2015
sexta-feira, 28 de agosto de 2015
quinta-feira, 27 de agosto de 2015
O estímulo e a motivação
(*) Laércio Lins
Quando falamos de desempenho profissional, lembramos de
uma lista de qualificações pré-definidas: criatividade, agilidade,
flexibilidade, competência, eficiência, eficácia, assertividade, proatividade e
muitas outras. Vale lembrar que todas estas características só se consumam se
estiverem emolduradas pela motivação, se não há motivo, a disposição destas
características serve apenas como ferramenta para realizar o que é óbvio e
previsível, o que é um grande desperdício.
O sucesso na realização de um evento, projeto ou tarefa,
tem influência direta do perfil de quem executa. Se a execução é movida apenas por
obrigação e através de ações mecânicas, o resultado é medíocre. Se o evento é
realizado com capacidade técnica e prazer, as possibilidades e
alternativas são ampliadas e surpreendentes.
Dias atrás eu ouvi a entrevista de uma atleta que vibrava
com emoção pela conquista de uma medalha. Ela dizia: “Isso é tudo, não tenho
explicação, sinto uma força, uma alegria que vem de dentro como se eu fosse
explodir”. Parei para pensar no sentido daquela frase tão cheia de emoção e
comparei com o sentimento de pessoas ao executar uma tarefa. Não consegui
lembrar de muitas pessoas que realizam seu trabalho de maneira tão apaixonada.
Escuto muitos gestores falarem em promover isso ou aquilo
para “motivar” suas equipes. Na verdade, o que eles estão tentando é estimular
suas equipes para que elas realizem, vendam, comprem, produzam e transformem.
Motivação é outra coisa, vem de dentro pra fora, “como se fosse explodir”. O
estímulo ajuda momentaneamente, no entanto, não mantém. A motivação é auto
sustentável, tem como combustível uma meta o interesse de uma equipe, ou mesmo
um motivo ou satisfação pessoal.
O homem contemporâneo está exposto a influências da moda,
de marcas, do marketing e de um universo infinito de informações. A quantidade
de estímulos é imensurável, o que torna difícil as decisões e as escolhas. Só
os indivíduos motivados se mantêm firmes, determinados e fiéis a seus objetivos,
projetos e realizações dos sonhos.
Diante de suas equipes, os gerentes precisam atentar às
características dos componentes, a observação e percepção são imprescindíveis
para definir os papéis de cada um do grupo. Não há pessoas mais ou menos
importantes, é uma questão de característica e de perfil, uns precisam de
estímulo, outros são naturalmente motivados, estes, normalmente têm mais
iniciativa, são inquietos e estão sempre buscando novas maneiras para realizar.
Em linhas gerais, Voltando ao comentário da atleta cuja
força parecia “vir de dentro”, não há uma explicação lógica a não ser a
realização pessoal de seu objetivo e a satisfação trazida pela vitória. A
alegria de realizar algo muito almejado e desejado traz a sensação de que vamos
explodir.
Quando em sua citação: "Dê-me uma alavanca e moverei
o mundo", o filósofo e matemático Arquimedes (287 a. C. - 212 a.
C.), se referia à alavanca como um multiplicador da força. Gosto de pensar que
ele se referia à alavanca como motivação, o motivo que que move o homem em direção
à realização de uma meta - “Moverei o mundo”. O filósofo grego Sócrates (469 a.C.
– 399 a.C.), após muitos estudos filosóficos, citações e pensamentos,
imortalizou a frase: “Só sei que nada sei”, talvez este pensamento o tenha
mantido motivado a pensar e a estudar sempre mais em busca de conhecimento e de
sabedoria.
O estímulo nos aciona, a motivação nos coloca
inteiros em direção a um objetivo e o resultado mais provável é o sucesso e a
conquista. O homem estimulado adquire confiança e realiza o que é possível. O
homem motivado transforma em realidade um sonho que parece impossível.
(*)
Laércio Lins é Palestrante e Consultor organizacional.
Instagram:
@laercio.lins
segunda-feira, 3 de agosto de 2015
Piu-Piu e Frajola. Uma relação de Custo/beneficio.
Laércio Lins (*)
É comum que aconteça desentendimentos nas relações
interpessoais. Há uma tendência natural de defesa de pontos de vista e isto é
importante para o amadurecimento de uma ideia ou de um projeto. Nossas ações,
atitudes e decisões têm influência de nossos modelos. Nossas crenças e nossas
verdades às vezes se chocam com as visões de nossos sócios, parceiros ou
amigos.
Para lidar com diferenças é preciso disponibilidade para
ouvir e consciência de que as possibilidades e as maneiras de ver são
infinitas. Não existe verdade absoluta e este pensamento deve estimular o
exercício da flexibilidade para que seja preservada a individualidade. Ficar
preso a padrões engessados é abrir uma porta para o insucesso de uma equipe ou
negócio, pressuposições e preconceitos são os maiores inimigos do entendimento.
As diferenças naturais entre parceiros podem e devem ser
motivos de oportunidades, não de ameaças. O maior aliado de uma sociedade que
almeja sucesso é a capacidade de manter, como referência, os objetivos comuns
de seus componentes considerando suas características naturas e suas
habilidades. O respeito à natureza e aos limites individuais fortalece as
relações em todos os planos de relacionamento.
No desenho animado a natureza do Piu-Piu é fugir do
Frajola. A natureza do Frajola é perseguir o Piu-Piu. A certeza de que Piu-Piu
não será apanhado e que o Frajola continuará sua perseguição mantém viva a
essência da dupla numa relação de custo e benefício, um alimenta a natureza do
outro e isso estimula a audiência. O mesmo acontece com o desenho animado Tom e
Jerry, eles se complementam com suas atividades e isso mantém o sucesso da
dupla há décadas.
O universo de uma parceria, sociedade, negócio ou
organização se respalda na criatividade, flexibilidade, determinação,
disciplina e principalmente no respeito e na clareza dos papéis de cada
componente da equipe. Piu-Piu se completa em Frajola, Tom se completa em Jerry.
Quando os perfis e os papéis dos atores de um negócios ou de uma relação
pessoal são bem definidos, facilita-se a identificação das responsabilidades,
direitos, deveres e equilibra-se o clima organizacional ou relacional, o que
orienta para a minimização de conflitos e otimização dos resultados. Isso é
muito comum nas relações de sucesso.
(*) Laércio Lins é palestrante e consultor organizacional
Instagram: @laercio.lins
www.laerciolins.blogspot.com.br
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