Laércio Lins
Gosto de quem solta a
poesia amordaçada e se encanta nas entrelinhas dos versos. A poesia precisa de
liberdade para dar asas ao sonho. Gosto de pés, não importa a direção que
apontam, eles sempre apontam caminhos em direção à chegada. Os passos enfrentam
a solidão da estrada, os pés não “olham” para trás, se encantam com a novidade
dos próximos passos. A estrada já trilhada deve trazer apenas as boas
lembranças enquanto os pés nos levam a momentos melhores, a outros traços e
desenhos que traduzam sentimentos claros, sentimentos de sol ou de lua.
Pés, passos e caminhos
compondo um verso novo, que revele outros sonhos para serem sonhados, por que
sem sonho nada existe, o sonho despe a alma para ser vestida com realidade. A
cadência das pulsações do coração revela o ritmo da poesia que é a vida de cada
um de nós, as batidas no peito se alteram com o sorriso e com os passos em
direção ao abraço, passos da vida que há em todas as trilhas, alma dos pés que
pisam com firmeza e motivo, direção de quem sabe aonde vai.
O sol e a brisa no
rosto de quem, quando cansa, senta, descansa, levanta e continua. O olhar de
quem não desiste, de quem insiste, persiste e segue os pés que apontam para o
horizonte cheio de amanhecer, cheio de futuro e descobertas, cheio de
esperança.
Pés para todos os
passos, passos para todos os caminhos em direção a todos os encontros e
encantos. Poesias para todos os sentimentos, para todas as palavras, ou mesmo,
para todo silêncio.
Portas e caminhos que
acordam cedo a amanhecer e recomeçar. Voos para todos os pássaros, asas para
todos os ventos. Um brinde para quem degusta a vida como se fosse vinho, por
que apesar do fogo que queima, a Fênix renasce no ninho.
www.laerciolins.blogspot.com.br
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